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01/02/2020 - 22:41

A paz não se compra nem se vende: é um dom de Deus. E devemos pedí-lo, recordou o Papa Francisco na manhã de quinta-feira, 4 de Abril, falando sobre o "enlevo" manifestado pelos discípulos de Emaús perante os milagres de Jesus. A ocasião foi o comentário ao trecho evangélico de Lucas (24, 35-48), proclamado na habitual liturgia da missa matutina na capela da Domus Sanctae Marthae, na presença de alguns funcionários do Vaticano, esta manhã cerca de cinquenta responsáveis e empregados da Tipografia Vaticana.

"Os discípulos que são testemunhas da cura do aleijado e agora vêem Jesus - afirmou o Pontífice - estão um pouco fora de si, mas não devido a uma doença mental: estão cheios de admiração". Mas em que consiste este enlevo? "É algo - disse o Santo Padre - que nos leva a estar um pouco fora de nós mesmos, cheios de alegria: é algo grande, deveras grande. Não é um mero entusiasmo: inclusive os fãs no estádio ficam entusiastas quando vence o seu clube, não é assim? Não, não é um entusiasmo, é algo mais profundo: é a admiração que sentimos quando nos encontramos com Jesus".

Esta admiração, explicou o Pontífice, é o início "da condição habitual do cristão". Certamente, fez notar, não podemos viver sempre no enlevo, mas esta condição é a premissa que permite deixar "o sinal na alma, a consolação espiritual'. Com efeito, a condição do cristão deve ser a consolação espiritual, não obstante os problemas, as dores e as doenças. "A última etapa da consolação - acrescentou o Papa - é a paz: começa-se com o enlevo, e o tom menor deste enlevo, desta consolação, é a paz". Mesmo enfrentando as provações mais dolorosas, o cristão nunca perde "a paz e a presença de Jesus" e com "um pouco de coragem, podemos dizer: ?Senhor, concedei-me esta graça, que é o sinal do encontro convosco: a consolação espiritual?. E sobretudo, frisou, nunca perder a paz. Olhemos para o Senhor, que "sofreu muito na Cruz, mas sem perder a paz. A paz não é nossa: não se vende nem se compra". É um dom de Deus que devemos pedir. A paz é como "a última etapa desta consolação espiritual, que se inicia com o enlevo da alegria". Por esta razão, não devemos deixar-nos "enganar pelas nossas, nem pelas numerosas outras fantasias, que nos levam a acreditar que estas fantasias são reais". Com efeito, é mais cristão "crer que a realidade não pode ser tão bonita". O Papa concluiu, pedindo a graça da consolação espiritual e da paz, que "começa com este enlevo de alegria do encontro com Jesus Cristo".

Juntamente com o Pontífice concelebraram, entre outros, os salesianos Sergio Pellini, director-geral da Tipografia Vaticana Editora L'Osservatore Romano, e Marek Kaczmarczyk, director comercial. Estavam também presentes o director técnico, Domenico Nguyen Duc Nam; além de Antonio Maggiotto e Giuseppe Canesso.

Fonte: news.va




O site oficial do Vaticano trocou o brasão que simbolizava a Sé Vacante (período no qual não há um pontífice, após a renúncia do Papa Emérito Bento XVI) pelas famosas palavras em latim que anunciam a escolha do novo papa, o argentino Jorge Mario Bergoglio, que se chamará Francisco I.

Pouco depois que a fumaça branca apareceu na chaminé da Capela Sistina, o símbolo do site que indicava o período de Sé Vacante foi substituído por ?Habemvs Papam?, frase dita também na praça de São Pedro pouco do anúncio.

Veja imagens:




Cidade do Vaticano (RV) - Os resultados das votações no Conclave são, como é tradição, conhecidos pela cor da fumaça que sai da chaminé instalada no telhado da Capela Sistina: fumaça preta nos casos em que não é alcançado os 2/3 dos votos e fumaça branca quando é eleito o novo Pontífice.

A fumaça é produzida queimando-se as cédulas eleitorais e documentos das votações no braseiro (salamandra) usado pela primeira vez no Conclave de 1939.

O queimador (salamandra), em ferro fundido e formato cilíndrico, mede 1 metro e tem diâmetro médio de 45 cm. Está dotado de uma portinhola inferior com um acendedor e uma porta superior para a introdução dos documentos a serem queimados.

Na parte superior estão gravados as seguintes datas:

1939/III Conclave com a eleição do Papa Pio XII

1958/X Conclave com a eleição do Papa João XXIII

1963/VI Conclave com a eleição do Papa Paulo VI

1978/VIII Conclave com a eleição do Papa João Paulo I

1978/X Conclave com a eleição do Papa João Paulo II

2005/IV Conclave com a eleição do Papa Bento XVI

Desde 2005 é utilizado um segundo braseiro (salamandra), equipado com um moderno equipamento para aumentar a visibilidade de fumaça. Quando os papéis são queimados no braseiro mais antigo, é ativado um dispositivo eletrônico interno, no braseiro mais novo, que faz funcionar um "cartucho" de 25cm x 15cm x 7cm, que contém 5 cargas, que são ativadas em sequência, com uma duração total de aproximadamente 7 minutos.

Segundo informações fornecidas pelos Serviços Técnicos do Governatorato do Estado Cidade do Vaticano, a fumaça preta é produzida pelos seguintes componentes químicos: Perclorato de potássio, Antraceno e enxofre. A fumaça branca, por sua vez, é produzida pelos produtos: Clorato de potássio, Lactose e uma resina.

As chaminés dos braseiros e do equipamento eletrônico, convergem para um único tubo que, a partir da Capela Sistina, desemboca no telhado. Para aumentar a eficiência, a chaminé é pré-aquecida com uma resistência elétrica e está equipada com uma ventoinha que é acionada conforme a necessidade, para facilitar a saída da fumaça e evitar refluxo. (JE)

Fonte: news.va




Cidade do Vaticano (RV) - Este é o primeiro domingo sem a oração mariana do Angelus, após a renúncia ao ministério petrino de Bento XVI e início da Sé Vacante.

Desde o início de seu pontificado, milhões de pessoas, todos os domingos, esperaram por Bento XVI para ouvi-lo e rezar com ele a oração do Angelus, ao meio-dia, na Praça São Pedro.

Em quase oito anos de pontificado, por 455 vezes, de maio de 2005 a fevereiro de 2013, aquele momento tornou-se uma ocasião privilegiada para o Papa emérito falar aos fiéis como um mestre de fé sólida e compreensível. Um guia que imediatamente deixou claro o fundamento de seu magistério: "A palavra que resume toda a revelação é esta: Deus é amor e o amor é sempre um mistério, uma realidade que ultrapassa a razão, sem contradizê-la, mas exalta o seu potencial", disse o pontífice.

Estas palavras foram proferidas por Bento XVI em 22 de maio de 2005 em seu primeiro Angelus da janela da residência apostólica vaticana. Naquele dia, começou a se delinear a função e o valor que Bento XVI atribuiu ao Angelus: fazer uma pequena homilia sobre a liturgia do dia, a lectio divina em forma breve com a qual todos os domingos, na igreja a céu aberto da Praça São Pedro, o Papa teólogo tornou-se pároco para aqueles que pararam para ouvi-lo no meio da multidão ou diante da televisão, pelo rádio, ou pela internet.

O pontífice incentivou os cristãos a redescobrirem a beleza do domingo: "Toda paróquia é chamada a redescobrir a beleza do domingo, Dia do Senhor, em que os discípulos de Cristo renovam na Eucaristia, a comunhão com Aquele que dá sentido às alegrias e dificuldades de cada dia. Nós não podemos viver sem o domingo: assim professaram os primeiros cristãos, mesmo a custo da própria vida, e assim somos chamados a repetir hoje."

Em seu último Angelus, de 24 de fevereiro, Bento XVI disse: "Obrigado pela vossa presença e todas as manifestações de afeto e solidariedade e, sobretudo, pelas orações neste momento particular para mim e para a Igreja. Desejo a todos um bom domingo e uma boa semana. Obrigado! Estamos sempre unidos na oração." (MJ)

Fonte: news.va




01/02/2020 - 22:33

Ao deixar papado, Bento XVI diz que se torna "um peregrino a mais" Ao chegar à residência de verão papal de Castel Gandolfo, no sul de Roma, Bento XVI agradeceu da sacada de seus aposentos à multidão de fiéis que foi até o local recepcioná-lo. Sob aplausos, afirmou que, ao deixar o seu papado, se tornava "um peregrino a mais."

"Esse dia meu é diverso daqueles outros. Eu sou ainda pontífice, mas, depois das 20h [horário local] não sou mais, serei um peregrino a mais", disse.

Bento XVI disse ser grato pelo afeto e carinho recebidos. "Estou feliz por estar com vocês e da vossa simpatia que me fazem muito bem, obrigado pela vossa amizade, vosso afeto", afirmou Bento XVI ao dirigir algumas poucas palavras ao público estimado, inicialmente, em cerca 7.000 fiéis.

Ele acrescentou ainda que irá trabalhar pelo bem comum com "todas as suas forças": "Vamos à frente pelo bem da Igreja, pelo bem de todos". Antes de se retirar, ele deu a benção aos fiéis presentes.

Bento XVI ficará em Castel Gandolfo, a cerca de 25 km do Vaticano, pelo próximos dois meses antes de se mudar em definitivo para um convento, atualmente em reforma, dentro do próprio Vaticano.

Fonte: uol




"O que Deus deseja mais de cada um de vós é que sejam santos. Ele os ama muito mais do que jamais poderiam imaginar e quer o melhor para vocês. E, sem dúvida, o melhor para vocês é que cresçam em santidade."
Papa Bento XVI